terça-feira, agosto 31, 2004

Amor VS Amizade

"O amor perguntou à amizade:
- Para que serves tu?

A amizade respondeu:
- Sirvo para limpar as lágrimas que tu deixas cair."

domingo, agosto 29, 2004

“a amizade não se agradece”

Quer o dia quer a noite de ontem foi tudo espectacular. A verdade é que se passa, sempre, momentos maravilhosos com aqueles de quem gostamos. Eu tenho amigos excepcionais (e isso é adjectivo demasiado “barato” para os definir) . eu sei disso, embora que por vezes a vontade de eles demonstrarem realmente os seus sentimentos para comigo seja muito grande. Talvez por insegurança, pelo medo que tenho em perder tudo aquilo que eu tanto prezo: a amizade: os amigos.
Bolas, eu até sou uma pessoa que se dá bem, muito facilmente, com outras pessoas. Mas amigos? O meu leque de amigos é demasiado limitado. Porque assim quero, é um facto. E assim gosto. Só que, para mim, existem certos tipos de relacionamentos que devem ser bem definidos, e para mim são.

Há aqueles a quem chamamos de conhecidos e esses, ó esses existem imensos chega mesmo a ser um número ilimitado.
Há também aqueles com quem gostamos de estar, que nos damos bem, e que, até mesmo, gostamos de conviver.
E por fim, existem aqueles que são consagrados com a tal palavra de “amigo”. E esse, esse tem que ser alguém demasiado especial, aquele de quem adoramos e que sabemos que também gostam de nós, pessoas tão especiais que estão connosco sempre (e este “estar connosco” não quer dizer, obrigatoriamente, fisicamente ... )

É por isso tudo que pessoas no mundo a quem eu posso chamar de “amigo” são muito raras. Mas é assim que eu sou feliz. Conseguindo distinguir estes tipos de sentimentos.

Sei que para se ser amigo não é preciso dizer-se , sempre, “adoro-te”, se são realmente nossos amigos nós sentimos isso. Mas é obvio que há momentos em que sabe tão bem ouvir esse “adoro-te”.

Bem,
Há noites que nos fazem sentir tão bem, mesmo que não consigamos deixar de pensar na realidade. E eu sou um pouco assim. Muito dificilmente conseguirão fazer-me abstrair dos problemas.

Obrigada não direi, pois:
“a amizade não se agradece”

;)

Ilusão

Não quero nem posso deixar-te ir. Fica comigo esta noite. E a outra. E sempre. Deixa-me ser o fruto que colheste naquela tarde de verão. Deixa-me, para sempre, dormir a teu lado, sentir o teu respirar e o bater do teu coração. Deixa que seja eu a acudir-te quando fores a cair no poço mais fundo da vida. Sê meu. Só meu e de mais ninguém. Vamos viver, para sempre, assim, neste cenário macabro, ilusório e apaixonante. Vamos viver, para sempre, neste mundo, só nós: eu, tu e o silêncio.

sexta-feira, agosto 27, 2004

Marioneta do amor

Gota a gota foste construindo o meu olhar. Recriaste-me. Com todo o teu jeito fizeste de mim: tua escrava. Prisioneira do teu corpo. Nascida simplesmente para escutar as palavras que soavam de mansinho. Era marioneta nas tuas mãos. Tu gostavas. Deixavas tudo para te dedicares completamente ao meu rosto, às minhas expressões, ao meu sorriso até mesmo à maneira como eu te olhava. Tu gostavas. Recriaste-me tal e qual como tu querias. Só podias gostar. E eu desviava o olhar, rebaixava-me. Pertencia-te. Era objecto para ser utilizado. Por ti. Só por ti. E tu tocaste-me. Estremeci. Deixei que o fizesses, mas tive medo. Tanto medo de te perder naquele instante. E assim foi. Tu amaste-me como nunca ninguém me tinha amado. E furiosamente destruíste-me. Deixaste-me caída naquele chão frio da sala. As gotas foram-se espalhando. Tu já não vias ninguém. Já não me poderias amar novamente. Já não conseguirias perder horas do teu tempo a olhar para mim, porque eu já não existia. Tu recriaste-me. Tu mataste-me.

Os teus gestos



Os teus gestos,
deprimentes e marcantes
subiam subitamente pelo meu olhar,
um olhar frágil
de emoções repletas de tristezas
como se de uma flor
acabada de murchar se tratasse.
Mas não era flor, não.
Era menina,
é mulher.

E agora fecho os olhos,
deixem-me dormir, aqui.
Assim.
Que durma sem sonhar,
sem nunca mais me apaixonar.

quinta-feira, agosto 26, 2004

«A escrita, afinal, é uma mentira como outra qualquer. Por muita emoção que existam nas palavras, onde estão os olhos, os gestos, o sorriso? Onde está o tom de voz, a entoação, a espontaneidade? É por ser ponderada, repensada, emendada que a escrita é falsa. Mesmo que se tente, mesmo que se esforce, mesmo que se deseje acima de qualquer outra coisa mostrar sentimentos, pensamentos e desvarios por simples palavras, linhas abandonadas no branco do papel. No fundo, é uma forma de dissimulação como qualquer outra. Mas esta é mais injusta, mais impura. As palavras são belas, e podem criar coisas imensas. Sensações plenas. Mundos novos. Como viver então com a contradição de querer escrever mas de me saber a mentir? Assumo-me. Só escrevo mentiras. O que escrevo espontâneo não é relido. É imediatamente encerrado, como se fosse um erro ou um pecado. Não é visto por ninguém. Apenas o que é pensado é passado cá para fora. Uma mentira, mesmo quando tento ao máximo que seja uma mentira menos falsa. Impossível a verdade. Palavras traiçoeiras. Mas, no fundo, alguém se importa senão eu? E eu sei o que gostaria de dizer mas não me foi possível.Isso deve bastar... »

# Colocado por pipoka @ 4:23 PM
http://maisquexato.blogspot.com/

Gostei do texto e como tal não posso deixar de concordar com cada palavra que nele está escrita.

quarta-feira, agosto 25, 2004

E porque vida há só uma:

Quero vivê-la. Assim. À minha maneira. De um dia para o outro os meus sentimentos vieram todos ao de cima. Não consigo esconder nada de ninguém, por mais que disfarce. Não consigo. Mas a verdade é que um dia foi o suficiente para eu , hoje, depois de tudo, sentir-me bem. Não me perguntem porquê, porque nem sempre há resposta para aquilo que sentimos. Sinto-me bem e quero aproveitar. Sinto com vontade de fazer coisas novas e de começar a pôr os meus desejos em prática, quero deixar, por uns tempos, de sonhar e quero começar a agir. Quero sentir-me útil e quero, fundamentalmente, sentir-me bem. E porque não devemos deixar para amanhã o que podemos fazer hoje, pois todo o tempo é precioso, vou organizar já, tudo aquilo que tenho em mente fazer. Embora, estranhamente me sinta bem, há lá no fundo uma contradição, que não sei explicar, porque eu própria também não sei muito bem definir o que sinto. Sei que os olhos estão pesados, mais carregados do que é costume e que lá no fundo dá para espreitar tamanha tristeza. Mas a vida é muito mais que isso, ó se é. E por isso mesmo há que saber dar valor às coisas mínimas, pois são essas que na verdade nos fazem sorrir. E a verdade é que com tanta desgraça no mundo seria muito egoísmo da minha parte estar neste momento a pensar unicamente em mim. Eu não quero tornar-me num ser humano tão egoísta, assim. E por isso mesmo, toca a acordar para a vida e fazer dela a nossa casa.

terça-feira, agosto 24, 2004

A vida por vezes... custa.

Hoje o tempo ultrapassou as marcas. Deixou-me aqui. Sozinha, abandonada, diria. Enquanto tudo à minha volta passava eu ia permanecendo intacta, sem me mover, porque na verdade qualquer passo que eu desse não serviria de nada , eu continuava lá, no mesmo local , com os pensamentos sempre no mesmo. O tempo, hoje, foi cruel, os minutos pareceram horas, e as horas foram parecendo eternidades. Hoje o tempo perdeu uma amiga. Estou zangada, revoltada e completamente deprimida, confesso. O culpado de tudo, é o tempo. O tempo que para mim parou. Os ponteiros deixaram de funcionar e eu, eu tive que aceitar. Hoje o dia foi assim. A minha cabeça andou sempre a pensar no mesmo. Hoje, tudo se virou contra mim. A única coisa que me poderia abandonar , não o fez, ficou comigo incondicionalmente. As memórias , as lembranças, as palavras que foram escritas, tudo se juntou e num só pensamento se formou. Ninguém é assim tão importante ao ponto de fazer esquecer o resto do mundo. Não pode. Não quero. Gosto de encarar tudo, sempre, seja qual for esse “tudo”. Talvez nunca tenha virado as costas a nada por cobardia, para transmitir sempre aquela imagem de força e de coragem. Mas hoje, hoje apeteceu-me desistir de tudo. Virar as costas a tudo. Deixar de pensar. Deixar de sonhar. Qual o motivo? Talvez com a ajuda do tempo, que hoje tão mau foi, se torne em nada de especial. Mas hoje, hoje é me completamente impossível. Porque por mais que eu queira, não consigo. Talvez um dia, venha a falar neste blog sobre coragem, força e tudo mais. Hoje, não.


Agora nada a ver com o texto eu acrescento:

António , *Parabéns*... Tudo de bom para ti, pois tu mereces, eu sei que sim.
Paula, mesmo que não pareça, que não haja reacção da minha parte, sabe sempre bem ouvir tais palavras, mesmo que por vezes sejam duras. Obrigada.
Beijos aos dois!!



segunda-feira, agosto 23, 2004

Preciso tanto de ti

Preciso tanto de ti.
Não aguento mais.
Começo a sufocar no meu próprio ar.
As minhas lágrimas escorrem,
escorrem sem parar.
Por favor, eu peço-te
eu te imploro:
não negues. Não me negues.
Eu preciso tanto de ti.
És diamante
que eu tenho que conservar
és de toda a gente, mas,
mas não és meu, e
acabas por não ser de ninguém.
Escolhi-te ao acaso
por isso, é por ti que eu lutarei.
Porque na verdade,
tenho medo de ficar para sempre só.
Porque na verdade...

... eu preciso tanto de ti.

domingo, agosto 22, 2004

Saudades

Saudades,
Saudades e nada mais.
São apenas meros mortais
Que transformam o meu coração;
Não são mágicos, não;
Nem poetas;
Nem pássaros negros.
São gente:
Gente especial.
É essa gente a minha vida
Que me transforma
Que me dá tanta alegria.
A meu lado sempre estiveram,
Estão e para sempre estarão:
Como irmãos,
Embora não o sejam.
Para sempre unidos
Precisando sempre um do outro
Uma cumplicidade nos une
Uma amizade que nos acompanha.
Saudades,
Eu tenho saudades. Muitas.
De ti,
De vocês,
Meros mortais,
Mortais que fazem as estrelas da minha vida brilhar.
Saudades. Eu tenho.
Muitas saudades, de vocês,
Meus amigos.

quinta-feira, agosto 12, 2004

Férias

Férias,
E porque eu também as mereço. Vou para Ferreira do Zêzere e desta vez não passarei a viagem a dormir ou, melhor, a sonhar, desta vez tenho um cão, um maluquinho que não me deixará descansada .
Estou feliz, pelo menos feliz com a viagem, porque sinceramente a minha vida , de momento, começa a tornar-se insuportável.
Passarei uma semana e mais alguns dias ou talvez até mais, quem sabe....

E por isso aviso-vos , pois esta janela irá ficar com pó durante a minha ausência, pois ficará intocável. (risos)

Beijos e até ao meu regresso.

quarta-feira, agosto 11, 2004

Julho de 2000

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terça-feira, agosto 10, 2004

Amor

Peguei nas tuas mãos, e elas ficaram junto das minhas, enquanto nos olhávamos. Os teus olhos transmitiam o oceano. O oceano em que um dia iríamos navegar. As tuas mãos tão suaves, faziam-me sonhar, entrar nas mais belas recordações e ficar assim, como se tivesse hipnotizada. E tu não dizias nada. Deixavas com que eu continuasse a viver esse mundo de breves instantes, um mundo à parte, só meu. Tu percebias. Tu conseguias entender o que eu estava a viver. E sorrias. E olhavas para mim e continuavas a sorrir, um sorriso terno e duradouro. Um sorriso, apenas um sorriso que teve a capacidade de me fazer acordar. Senti que o que estava a viver não era, não podia ser, um sonho. As mãos, o olhar e o sorriso... era tudo tão real. Tudo me fazia estremecer. Os teus olhos brilhavam, o sorriso permanecia intacto e as mãos, as mãos continuavam a ser suaves mas que ao senti-las junto das minhas, tinham a força de me fazer parar. Eu gostava de olhar para ti. De te ouvir. De te sentir e ver que realmente eras tu. Ficámos de mãos dadas, assim como para sempre.
Decidimos caminhar, e o silêncio acompanhava-nos incondicionalmente. Éramos só nós. Eu, tu e o silêncio. Caminhámos juntos pelo infinito. À descoberta. Não sei o que poderia ser. Não sei o que procurávamos. Mas era algo. Algo que nos fazia ficar assim: unidos. Deveria ser algo muito maravilhoso, mas a verdade é que no momento a única certeza que tínhamos é que era algo inimaginável. Não sabíamos se era algo que se pudesse tocar, sentir , pegar. Tudo era estranho, mas também tudo estava a ser perfeito, algo digno de um sonho inacabável. E eu estava feliz. E essa contradição de sentimentos faziam com que tudo não fosse apenas poeira, fazia com que tudo não ficasse em cinzas, fazia com que eu me apercebesse que algo tão contraditório só quisesse significar uma coisa: vida. Eu estava a viver, aquilo não era, mesmo, um sonho. E isso trouxe-me uma felicidade incalculável. A tua pele macia, fazia com que eu ficasse a acariciá-la eternamente. Éramos um só. Só poderia ser. Ambos éramos feitos das mais belas gotas que durante anos caíram em terra firme. Os nossos cabelos eram dignos do mais magnífico tesouro jamais encontrado. A nossa pele parecia ser feita de seda. E os nossos olhos, de cores diferentes, tinham a mesma doçura. Éramos tão iguais que tanta igualdade fazia com que fossemos tão diferentes. Quando eu dizia sim, tu dizias não. Era sempre assim. Iguais. Mas cada um com um toque especial. E era esse o toque que nos fazia ser diferentes. Diferentes um do outro. Diferentes do mundo e para com ele. E era assim que nos sentíamos bem.
Caminhámos , caminhámos ... caminhámos horas a fio. Nada nos fazia parar. Aquela vontade louca de procurar algo estava a se apoderar de nós. E sem nos apercebermos estávamos cada vez mais obcecados por essa “coisa” que nem nós sabíamos o que era. Era uma coisa tão simples, mas só a descobrimos com o passar do tempo. Foi o tempo que nos deu a resposta e essa era tão óbvia que demorou tempo a ser descoberta. Procurávamos a felicidade. E nela estava contida o nosso amor.
Hoje somos felizes e amamo-nos de uma maneira tão especial, que queremos para sempre ficar assim. Enrolados um no outro. Como um só. O teu e o meu corpo passaram a ser apenas um. Vá, não digas nada, vamos ficar assim. Para sempre.

segunda-feira, agosto 09, 2004

E quando não há nada para dizer...

... ficamos assim: caladitos, a ver o tempo a passar, a noite a escurecer cada vez mais e os meus olhos a quererem fechar...


domingo, agosto 08, 2004

Tempo ( 2 )

Tempo,
Vou-te fazer um pedido:
Não me negues a vontade de viver
Deixa-me crescer.
Já me fizeste separar de tantas pessoas
Que tanto amava,
Mas que acredito
Que um dia nos possamos reunir
Olharmo-nos, todos, nos olhos
E sorrir.
Enquanto isso,
Essas pessoas caminharão comigo
Mentalmente e bem junto do meu coração.
Impossível será esquecê-las
Impossível, também ,
Será caminhar com elas de mãos dadas.
Por favor, tempo,
Deixa-me, aqui, ficar
Eu quero ainda amar,
Viver; sonhar.
Deixa-me ser eu a escolher,
Se quero ir ou ficar:
É isso que te peço,
Ó tempo,
Por favor faz o meu desejo
Se realizar.

(e aproveito este post, para dar muitos parabéns a uma pessoa que eu tanto adoro, ela sabe quem é. ** )

sábado, agosto 07, 2004

Sem palavras

Chiu. Não digas nada.
Abraça-me. Aquece-me.
Deixa-me ficar assim. Para sempre.
Por favor. Não me contraries.
De ti só quero uma coisa:
O teu amor.
Por isso, fica assim:
Silencioso,
Cumprindo a missão de me amares.
E eu te agradecerei:
Sem palavras
Sem quaisquer tipo de frases
Somente com actos de afecto.
Tocar-te-ei delicadamente
Cuidar-te-ei tão bem,
Melhor que cuido de mim.
Por isso, fica aqui.
Fica aqui. Para sempre.
Para sempre junto de mim.
Porque eu quero. Porque tu queres.
Porque somos um só.

Porque nos amamos.

Sentada, à tua espera

Desististe:
de mim;
da nossa felicidade.
Desististe:
de tudo.
Só eu fiquei. Assim:
numa ansiedade constante
para te ver chegar.
Para te ver voltar e tu dizeres
que foste apenas em busca
de um tesouro. O nosso.
Deixaste o meu coração congelado
não me deste tempo,
tempo para apagar o amor que um dia senti por ti,
congelaste-o. Deixando-o bem junto do meu coração.
Ainda com esperanças,
fico e ficarei aqui.
Para, um dia, te ver chegar.
Irás voltar. Eu sei que sim.
Não te irás esconder para sempre,
não conseguirás contrariar para sempre,
os teus próprios sentimentos.
Não consegues. Não podes.
Irás voltar e sorrir para mim,
e eu me irei entregar
como se fosse a primeira vez;
como se nada tivesse acontecido:
porque não sei dizer não. Porque não quero.
Só te quero ter aqui, junto de mim.
Desculpar-te-ei por tudo,
não, porque sou assim,
mas sim, porque te amo.

quinta-feira, agosto 05, 2004

Destino: confiança. Amor. Vitória.

Segue o teu destino,
destino definido únicamente pelo teu coração
Segue-o. Não o negues.
Aceita-o. Acredita.
Vencerás. Sem medos. Avança.
Tu és capaz. Eu sei. Força.
Eu estou aqui. Eu ficarei aqui.
A teu lado,
Não para te ver cair
mas sim, para te ver levantar.

Amor e Ódio

Fraca a capacidade
de amar
Forte a perspicácia
de se ódiar.
Em caminhos paralelos
caminham,
lado a lado
como irmãos;
Irmãos que nas veias o sangue corre
separadamente e completamente opostos.
Num, o sangue corre com tons de amor,
vermelho de sangue puro;
No outro o sangue corre com tons de ódio,
negro, sem força para vencer.
Incapazes de sorrir um para o outro,
Amor e Ódio
serão sempre a negação
da verdade oculta
do mistério por desvendar
do impossível.
Um dorme num roseiral
o outro,
o outro por e simplesmente
não dorme.
Eu já escolhi,
Eu ficarei a amar...
Só espero que isso não seja motivo,
para que tu,
fiques a odiar.

terça-feira, agosto 03, 2004

O tempo

Começo a sentir a importância de ter horários para cumprir; obrigações para serem realizadas.
O estar de férias mas se sentir inútil é simplesmente horrível. O chamado “não ter nada para fazer”. Não gosto de me sentir assim. Não gosto mesmo. Mas a verdade é que, este ano, já fiz muita coisa que considero útil, e talvez por isso achar que este Verão está a ser demasiado longo, e as férias ainda mal começaram; Ainda estou a modos que sem grandes planos para o mês de Agosto. Tenho que saber optar.
O blog lá vai andando, umas vezes mais lentamente que outras, visto não estar no meu cantinho e não ter a liberdade que por vezes é necessária para que possa pensar e reflectir sobre algo, correctamente.


Sinto o tempo a passar
mas não o consigo alcançar
Tento. Volto a tentar.
Não dá.
Ele foge. É antipático
não nos deixa viver
é impulsivo e, por isso,
tudo passa a correr.
Degradação dos bons momentos
pelo tempo,
senhor infeliz,
que se alimenta do tic tac constante.
Senhor que comanda a vida
que uns tanto odeiam
que outros o veneram.
É a vida.
Que de injustiças é feita.
Pois para uns o tempo é amigo,
para outros...
para outros é o pior dos pesadelos; Inimigo.

domingo, agosto 01, 2004

Pausa para reflexão

"... E de novo acredito que nada do que é importante se perde verdadeiramente. Apenas nos iludimos, julgando ser donos das coisas, dos
instantes e dos outros. Comigo caminham todos os mortos que amei, todos os
amigos que se afastaram, todos os dias felizes que se apagaram. Não perdi
nada, apenas a ilusão de que tudo podia ser meu para sempre."

Miguel Sousa Tavares