sexta-feira, janeiro 28, 2005

Rotina (PNP)

Acordou. Hoje sentia-se muito pequenina em comparação com os seus sentimentos. Fortes. Inapagáveis. Imortais.
Foi à janela, estava frio, deixou que os seus cabelos esvoaçassem à medida que o vento soprava. Pensou nele. Aquele rosto de jovem cavaleiro aparecia entre as nuvens. Esfregou os olhos mas ele continuava lá. Decidiu então permanecer de olhos fechados, recordando o seu mais belo olhar.
Apesar de tudo, os dias iam passando, já sem grande esforço. Começou a pensar nele sem dor. Apenas continuava com a eterna esperança de que um dia a sua vida seria um conto de fadas. Isso, ninguém lhe podia negar. Ele era o seu príncipe.
Continuava aquela menina que um dia fora. Um sorriso de criança; um olhar tão encantado como o do arco-íris. A esperança necessária para sobreviver àqueles sentimentos tão puros, mas que lhe faziam dar tanto de si.
Respirou fundo. Fechou a janela. Guardou as lembranças e os sonhos futuros. Deitou-se naquela cama onde os frutos eram sempre doces. Adormeceu, de expressões simples e de sorriso ingénuo.

quarta-feira, janeiro 26, 2005

Fantasia

Sentir o mundo a passar
E eu aqui
A vê-lo ir, sem mim.
Não me interessa.
Só me importa a tua ausência,
Essa tua indiferença
Essa barreira que construíste entre nós.
Irrita-me essa mudez,
Essa passividade.
Irrita-me esta realidade.

Não quero saber do mundo,
Eu só quero saber de ti.

Faço o mundo parar.
Guardo-te. Sinto-te.
Deixo o mundo, de novo, avançar
Porque agora já posso ficar contigo.

Eu não quero saber do mundo,
Eu só quero saber de ti.

segunda-feira, janeiro 17, 2005

Desenho as palavras que quero ouvir
Beijo o teu retrato,
Nesta imensa escuridão.
Fujo do fogo que me cerca;
Do teu corpo omnipresente;

do meu sonho inacabado.
Fujo destes gritos de dor,
Destas vozes que me querem calar.
Fujo cantando. Sem voz.
Caio bruscamente, no meio do pesadelo
Empurrada pela alma feroz.
Ao longe, tocam a última nota.
Fecham o piano.
O pano cai.
E, de rosto escondido,
Faço nascer um sorriso.



---> Quero pedir as minhas mais sinceras desculpas, mas o meu computador teve malzito…
E foi-me impossível entrar em contacto convosco… e textos publicados devem ser colocados naquele cantinho especial ; naquele cantinho só nosso .
Espero que o meu computador (Marilú) não me dê nenhuma surpresa desagradável… conto com ele – ela, digo. É o meu mundo. É o meu diário, aquele que eu nunca tive.
Um sorriso*