terça-feira, maio 23, 2006

Doce Primavera

Aproveito esta doce Primavera para correr por entre os campos, para sorrir e me deslumbrar sempre que te vir e, como se fosse a primeira vez, me apaixonar por ti. Vou
caminhar pelo teu corpo e conhecê-lo como se fosse o meu; vou colorir-te até sentir-te completamente feliz. Vou oferecer-te tudo o que há em mim. Não me interessa se me dispo de amor, de sonhos, desejos e de valores, o que interessa é que me dispo para depois te poder vestir à minha maneira; para te olhar e ver que dentro de ti existe tudo o que, um dia, houve em mim. Quero que sejamos um só para todo o sempre, que nos completemos e que a chama de um faça enaltecer a chama do outro até que os nossos corpos ardam de tanto Amor.
Enquanto a Primavera durar, quero mergulhar nesse teu olhar que, aos poucos, vai florindo e redescobrindo a vontade de se ser feliz.

Na verdade, quero congelar o tempo de modo que seja sempre Primavera porque te quero amar todos os dias.

domingo, maio 21, 2006

Dias negros

É nestes dias negros que o olhar entristecido se vai despedindo do mundo. O meu corpo, já tão pesado, vai continuando a caminhar porque assim tem que ser. Olho, já com saudade, todos aqueles que um dia, por qualquer motivo, me foram importantes. E, inevitavelmente, as lágrimas vão caindo sobre o meu rosto tornando-o ainda mais delicado e melindroso. Não consigo dizer Adeus com medo de a despedida ser eterna, embora seja esse o meu desejo.
Viver por viver, simplesmente porque, de certa forma, tem que ser. O rosto, já sem expressão, retrata a incerteza de não saber quem sou; de não saber se existo e, se existir, porque é que aqui estou. Calmamente, sem espaço para sentir dor, vou-me despedindo de quem me fez feliz – mesmo que por instantes - e, aos poucos, vou-me afastando de tudo e de todos.
Sem vontade de querer voltar amar; sem vontade de quer voltar a saber o que é viver: sonhar, sorrir, amar, chorar e sofrer; sem vontade de continuar a caminhar na tentativa de encontrar o Sonho que, por mais que se caminhe, se encontra sempre tão distante. E, assim, sem força e sem vontade de querer vencer, aos poucos, vou começando a morrer...

quarta-feira, maio 10, 2006

...

Pelo outro, amei, chorei e sofri; por ti me apaixonei, me enganei e me cansei!

quarta-feira, maio 03, 2006

Mentiras

É tão fácil enganar-te. Sorrio, digo que estou bem e não tremo enquanto falo. Os olhos encobrem esta dor que só a mim me pertence, mas não por muito tempo, só o necessário até tu te afastares de mim. Depois, ainda me sinto pior. Agora, sem o teu apoio, terei que continuar a sofrer sozinha. Só não quero que te preocupes comigo e, além disso, quero acreditar que esta dor seja passageira, que as coisas corram de forma positiva e, assim, sem te alarmar, ficarei, de novo, sossegada e feliz.
A morte assusta-me e muito. Mas até que ela chegue de vez, vou continuar a caminhar de sorriso na face e de olhar reluzente, funcionando, assim, como catalisador à morte. E alegremente vou contagiando os que me rodeiam com as minhas gargalhadas de menina bem-disposta. E, assim, ninguém se apercebe que, aqui dentro, há um coração que anda a sofrer e, ao mesmo tempo, a recalcar esse sofrimento. Por enquanto, vou vivendo na ilusão de que há coisas que jamais nos acontecerão e enquanto a morte não chega, eu sou tão feliz...

{aos poucos, vou aprendendo a valorizar o tempo que, embora escasso, se for bem vivido poderá ser o melhor...}