terça-feira, julho 27, 2004

As palavras que eu nunca te direi

Não te digo. Nem nunca te direi. Ficarão para sempre escritas em simples papeis, não passarão de rascunhos, rascunhos que nunca irão ser passados a limpo. Não te dou o meu amor. Não quero. Não te dou as minhas lágrimas. Pequenas gotas, que caiem silenciosamente pelo meu rosto. Não quero amar ninguém. Esquece-me! Que eu ficarei aqui. Perdida entre as memórias. Que eu ficarei aqui. No meio de palavras, das palavras que eu nunca te disse nem nunca te direi. Com ou sem significado, escrevi-as, só e somente, para ficarem assim: escritas. Amo-te. Embora não o devesse. Não compreendes nem queres aceitar que te amo. Que te amo tanto. E isso destroi-me. Odeio-te por isso. E esta contradição de sentimentos, fazem mexer com o meu coração; com esta caneta, quase sem tinta; de diferenças o mundo é feito. Nós somos diferentes. Fazemos parte do mundo. Mas não entendes ou não queres entender. Achas que as diferenças são para se manterem separadas. Eu não acho.

São palavras. Simplesmente palavras.
Agora não tenho coragem,
Mas um dia, talvez um dia,
Eu te consiga dizer, tudo o que aqui escrevi.

Não quero, mas o que posso fazer?! Amo-te.

4 à janela:

At 28/7/04 11:47 da manhã, Blogger Guilherme disse:

Verba volant, scripta manent.

Adoro ver a expressão caneta sem tinta num texto. ;) Beijinhos e obrigado pela visita.

 
At 28/7/04 12:07 da tarde, Anonymous Anónimo disse:

uau, Sara!
Cada vez me surpreendes mais!
Isso é um talento natural :-)

 
At 29/7/04 3:54 da manhã, Blogger MMM disse:

devias dizer,
devias mostrar o quanto gostas,
partilhar o que sentes,
nessa lágrima que sabe a sal

bj

 
At 29/7/04 12:28 da tarde, Blogger Sara Mota disse:

Talvez um dia,
talvez um dia o faça, Magda ;)

 

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