segunda-feira, julho 26, 2004

No desespero dum sonho

De passos indecisos avancei muito lentamente. Olhei em meu redor e um silêncio profundo reinava por aqueles lados. Mas de repente esse silêncio quebrou-se. Acho que o assustei com o meu próprio medo. Foi uma leve brisa que entrou pela aquela janela, daquele quarto vazio e escuro, onde as cortinas, feitas de velhos trapos já esburacados faziam estremecer, faziam com que o silêncio fosse interrompido por breves instantes. Tive medo. Mas afinal, eram “esses instantes” que me faziam sentir que não tinha sido esquecida. E não tinha. Mas eu pensava que sim, pois estava só. Completamente só. Naquele pequeno mundo, quadrado e sem luz, sem um toque de felicidade. Era o meu mundo. Um mundo escuro repleto de medos e angustias. Um mundo sem cor. Era o meu quarto. Mas essa aragem acabou. Como se tivesse sido limpa de uma tela. Sentei-me a um canto, e encolhi-me, encolhi-me muito e de cabeça rebaixada, chorei, chorei muito, chorei até não mais puder....
E acordei. Acordei com um beijinho da mamã que me deu um abraço tão profundo e carinhoso que me fez ficar assim. Abraçada para sempre naqueles braços de mãe que tanto calor me davam. Que me fizeram sorrir, por saber que estava protegida. Limpei as lágrimas, mas ainda soluçava. Depois de alguns instantes abraçadas, senti que era amada, até porque.....
A mamã disse:
.... Foi só um sonho.... um sonho mau.

2 à janela:

At 26/7/04 4:58 da tarde, Anonymous Anónimo disse:

bonito mt bonito
poderias talvez fazer disso uma pequena historia,
ou só fazes como eu e só crias pequenas sinopses para que os outros as desenvolvam mentalmente?

 
At 27/7/04 12:55 da tarde, Blogger Sara Mota disse:

=)

Há coisas que têm que ficar assim. Sem ponto final. A lógica é feita por cada pessoa, e certamente que tu intepretaste de uma maneira diferente este " No desespero dum sonho " da minha. E assim se passa com a pessoa X e Y. Pois a intepretação cabe a cada pessoa de o fazer.

;)
Sara

 

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