Apaixonada
A casa estava vazia. O silêncio assustava. O tic-tac do relógio ardia em lembranças já esquecidas no tempo. E o meu olhar deslumbra nitidamente a imagem que eu criara de ti.
Refugiei-me no meu quarto. Deixei a televisão ligada para sentir que não estava só.
Abri a janela e deixei-me ficar debruçada sobre ela. Senti aquele ar nocturno e aquela brisa que se fazia sentir, timidamente.
Fui olhar para aquela tua foto, mais antiga, que eu tinha já imprimido. Olhei-te nos olhos – como se fosse possível. E, por momentos, pensei que gostasse de sofrer. A minha vida começara a tornar-se num ciclo vicioso. As noites começavam a ser o mesmo pesadelo. Sem a tua presença; sem aquelas tuas mãos que deixavam marcas ao tocarem no meu corpo. Que doces memórias e que realidade tão amarga.
Ia dormir. Dormir seria a fuga perfeita, embrulhada nos lençóis, encolhida como uma concha, e entregar-me-ia a um mundo onde a ilusão é fortemente alcançada.
Despi-me e vesti a camisa de dormir, como mais um acto de plena rotina. Olhei-me ao espelho e vi nele o reflexo do teu rosto. Fiquei algum tempo inerte a olhar aquela imagem e decidi, então, que tinha que fazer daquela miragem algo real. Escolhi uma roupa ao acaso e vesti-me velozmente, deixando cair o livro – que tu me deste - que guardava religiosamente na mala. Saí deixando a porta mal fechada e fui ao teu encontro. Foi então que me lembrei que não sabia a tua morada de cor. Sabia tudo ti, mas esqueci-me desse pormenor. Enfim… distracções. Senti-me perdida pelas ruas de Lisboa.
Sentada, numa das calçadas, ia dizendo baixinho o teu nome. Ia inconscientemente dizendo: bem-me-quer, mal-me-quer, muito, pouco ou nada. Foi então que alguém me tapou os olhos. Lentamente ia levantando as mãos ao encontro de quem me tocava suavemente. Senti a tua pele mas não acreditava que pudesses ser tu. Virei-me para trás e apercebi-me que era real, quando me levantaste e nos olhamos e sorrimos.
Falei-te muito abertamente do que sentia e tu permaneceste num silêncio que me incomodava. Corei. Ia pedindo desculpas quando me tapaste a boca e de seguida me deste um beijo que me fez adormecer, naquela calçada, contigo… até hoje.
Refugiei-me no meu quarto. Deixei a televisão ligada para sentir que não estava só.
Abri a janela e deixei-me ficar debruçada sobre ela. Senti aquele ar nocturno e aquela brisa que se fazia sentir, timidamente.
Fui olhar para aquela tua foto, mais antiga, que eu tinha já imprimido. Olhei-te nos olhos – como se fosse possível. E, por momentos, pensei que gostasse de sofrer. A minha vida começara a tornar-se num ciclo vicioso. As noites começavam a ser o mesmo pesadelo. Sem a tua presença; sem aquelas tuas mãos que deixavam marcas ao tocarem no meu corpo. Que doces memórias e que realidade tão amarga.
Ia dormir. Dormir seria a fuga perfeita, embrulhada nos lençóis, encolhida como uma concha, e entregar-me-ia a um mundo onde a ilusão é fortemente alcançada.
Despi-me e vesti a camisa de dormir, como mais um acto de plena rotina. Olhei-me ao espelho e vi nele o reflexo do teu rosto. Fiquei algum tempo inerte a olhar aquela imagem e decidi, então, que tinha que fazer daquela miragem algo real. Escolhi uma roupa ao acaso e vesti-me velozmente, deixando cair o livro – que tu me deste - que guardava religiosamente na mala. Saí deixando a porta mal fechada e fui ao teu encontro. Foi então que me lembrei que não sabia a tua morada de cor. Sabia tudo ti, mas esqueci-me desse pormenor. Enfim… distracções. Senti-me perdida pelas ruas de Lisboa.
Sentada, numa das calçadas, ia dizendo baixinho o teu nome. Ia inconscientemente dizendo: bem-me-quer, mal-me-quer, muito, pouco ou nada. Foi então que alguém me tapou os olhos. Lentamente ia levantando as mãos ao encontro de quem me tocava suavemente. Senti a tua pele mas não acreditava que pudesses ser tu. Virei-me para trás e apercebi-me que era real, quando me levantaste e nos olhamos e sorrimos.
Falei-te muito abertamente do que sentia e tu permaneceste num silêncio que me incomodava. Corei. Ia pedindo desculpas quando me tapaste a boca e de seguida me deste um beijo que me fez adormecer, naquela calçada, contigo… até hoje.
26 à janela:
Estou tão cansada de tudo...BShell
Hoje, a estas horas… também eu me sinto especialmente cansada e frágil..
As horas depositam em nós em tipo de sensações mais ou menos estranhas…
… enfim…
Toma uma beijoca, blue e sorri ;)*
Sara:
Editaste um texto muito bom. Adorei! Um texto cada vez mais intenso e que nos deixa suspensos à medida que avançamos na sua leitura. Um texto com emoções em crescendo. Um texto que vai revelando sensações e fazendo descobrir (micro + macro) vertentes do Amor.
Terminei a sua leitura com o coração apertado.
Beijinhos :)
Sandra
(http://www.void.weblog.com.pt)
Acorda princesa... tens um mundo à tua espera, e ele vai adorar-te :)
...o texto está excelente ;)
é bom receber visitas. quando as visitas descrevem tão bem as emoções, ainda é melhor. gostei muito do teu mundo!
um abraço
...Sara...venho desejar-te uma Páscoa feliz....tá?...
Um beijinho*.
Sandra,
e ainda bem que assim foi
é sempre agradável saber que isso acontece, sério =)*
Mar,
um beijo muiiiiiito grande!
chuack! :D*
grzl,
obrigada e sê bem-vinda,
volta sempre :)
Estrelita,
'tá! LOl
;P*
amêndoas... eu quero amêndoas e ovos kinder... ai eu... vou ficar bonita, vou :// mas são coisas docinhas, são boas :D
Ola eh a primeira vez q por aki passo e gostaria de lhe desejar uma feliz pascoa,beijos
como eu gostava que o teu texto fosse a chave da realidade... todos os dias, após todos os sonhos... o texto está genial! parabéns! bj
Hoje não parei aqui, somente para te ler.
Hoje quero deixar uma palavra minha...
FELIZ PÁSCOA
Um abraço carinhoso :-)
Bonito post...
Boa Páscoa Sara
A paixão é assim. E tu descreveste as sensações tão bem! Um beijinho e uma Boa Páscoa
Sara, gosto muito de te ler. Da minha parte e do gato, os desejos de uma Páscoa Feliz
uma santa páscoa para ti e que a vivas com todos os sentires renascidos, para quando re-olhares, possas dar nome a todas as cores.
um beijo
Nada que umas palmadas antes que chegue a maioridade não resolva!!! :))
walleska,
bem-vinda e volte sempre! ;)
Ricardo, “meu” simpático Ricardo…
:)*
João,
Também eu gostava… também eu…
;)
Menina_marota,
Uma Páscoa Feliz para ti também…
:)
CBS,
Obrigada :)
Boa Páscoa, também ;)
Lique,
Vê se encontras o coelhinho da Páscoa, oki?! Hehe ;P*
agua_quente,
que bom… :)
Então boa Páscoa para ambos…
E uma doce festinha ao gatito =D
almaro,
kiss :)*
Maria ;)
JC,
Tu levas, ai eu juro que tu levas… grrr!!!
A repetição dos rrr no teu "grrr", veio a propósito de uma musica que estou a ouvir na Antena 1... òh Ana Jíli"aaa"!!! :rotfl:
"Abri a janela e deixei-me ficar debruçada sobre ela. Senti aquele ar nocturno e aquela brisa que se fazia sentir, timidamente."
Quantas vezes não faço isso... Delicio-me com a brisa que me acaricia a cara. É tão bom, tão inspirador, tão libertador.
Tens muitas frases neste texto que me fazem lembrar textos que já escrevi ou coisas que faço. Gostei. Está... Penso que tem uma mistura de maturidades, mas não deixa, por isso, de perder beleza; pelo contrário, tudo se torna mais engraçado. Não consigo evitar sorrir de cada vez que leio palavras de "amor" (palavra que me causa incertezas), não por gozo, é sorriso de meiguice. Gostei do texto, que mais posso dizer? Já sei. Posso agradecer-te por teres visitado o meu Blog. Fico contente por isso. Ainda mais nestes dias em que as minhas mãos fogem para caminhos perigosos e constroem poemas dos quais não me orgulho muito; não parecem... eu. Enfim... uma vez mais obrigado. Não te conheço, mas tenho a nítida sensação que és daquelas pessoas muuuuuito simpáticas :)
Beijo*
P.S. Acho que me alonguei demasiado, não? :S
Obrigado pelas palavras simpáticas que deixou lá na minha Fábrica. fiz algumas leituras de post's anteriores e gostei muito de conhecer este canto.Serei leitor habitual.
Sobre este post, parabéns porque o texto é excepcionalmente bom.
Um abraço e uma boa Páscoa.
SweetSerenity,
Agradeço a visita,
obrigada e volta sempre, e não, não te alongaste muito, é sempre agradável ler, quem aqui comenta :)
Armando Ésse,
Obrigada =))
Então eu tb fico aqui, à espera de ler os seus comentários :)
Boa Páscoa! :)
Sara, gostei muito do teu texto, onírico e gostoso. Uma boa Páscoa para ti :-)
Por vezes é preciso deixar os livros e deixar que o vento nos transporte a pele ;)
Beijos
meninas :)*
Nao te conheço, ms pl forma como fiquei ao ler o texto achei q devia deixar umas palavras.. para dixer que adorei.. relembrast sentimentos por mim esquecidos..
continuarei a vir ler.. espero q n te importes..ms talvez me ajude a crescer..
bjos
Anonymous,
Claro que não me importo, antes pelo contrário…
:) aparece por aqui sempre que desejares… ;)
OLA BOM DIA
O SEU TEXTO SOOU-ME A REAL...
COMO SEI O QUE È SENTIR-ME SÓZINHA EM LISBOA.
PASSEEI AÍ,SORRI AÌ,VÍVI AÍ...DEPOIS MORRI AÍ..EM LISBOA!!!
E COMO DE MAGIA SE TRATRASSE,RESSUSCITEI NA MINHA TERRA NATAL,O PORTO!
FELICIDADES
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