Adeus
O silêncio instala-se e permanece de forma definitiva
Não vale a pena ganhar força e tentar levantar o corpo deste chão húmido e frio
A luz baça tenta passar pela janela; tenta dar aquilo que já se perdeu: vontade de viver.
E quase sem voz murmura: - Não adianta contrariar o destino
As lágrimas vão caindo lentamente, já quase sem força
A dor penetrada em todo o seu corpo ia tornando-se demasiado pesada e desgastante
Estava apenas cansada daquele peso, daquele sofrimento constante que parecia obsessão; daquelas lágrimas, quase secas, que iam, ainda, escorrendo pela sua face de menina
Aquela escuridão tornava-a cada vez mais só e essa solidão, esse desespero fazia com que a pouca força que ainda lhe restava fizesse com que tudo acabasse. Sem dor. Num só acto, que determinaria o final da sua história.
Fechou os olhos, susteve a respiração e, com gestos firmes, tomou os derradeiros comprimidos que a fizeram adormecer num sono profundo e eterno
E, em cima da cama, havia um simples papel que dizia:
Adeus!
49 à janela:
Forte e tocante. Beijinho e bom fds
Querida Sara
Consegui ver a encenação... dramática mas bela.
Um beijo
Daniel
Escreveste-o com uma intensidade imensa, parece que vi tudo!
AmigaTeatro, tu és realmente uma encenadora. Sente-se que porias isto em cena com um resultado igualmente intenso :)
Beijos, Sara
Lindo, já não vinha cá a algun tempo e foi uma optima surpresa. :)
Ass:Neo
Chorei...eu sei porque chorei. Tu não sabes, mas eu sei...
Beijos mil, BShell
É curiosa a forma como, neste pequeno texto, o suicídio parece uma coisa tão natural.
Jinhos
micas :)**
Daniel,
é bom quando as palavras ganham vida... ! ;)*
Selma,
quem sabe... quem sabe...
(mas não me parece :// )
oh, morgana,
obrigada :$
sinto-me tão bem quando leio os vossos comentários e neles encontro a compreensão que desejaria encontrar... o entendimento perfeito das palavras e, a cima de tudo, quando aquilo que lemos parece uma vivência antiga. Não há nada melhor que isso, escrever e, quem nos lê, sentir tão perto as palavras, adoro quando isso acontece... :)**
Hugo,
acredita que gostei muito de te ver por aqui... gostei mesmo!
Um beijo*
bluezinha,
Um beijo, linda*
António,
a vida às vezes é má, muito, muito má... :( *
Isto é forte! Sou 1 forasteiro por aqui, mas prometo que vou voltar com regularidade.
Hugzzz
Kraak/Peixinho
A dor é uma arma capaz de nos fazer sentir o prazer de uma lágrima.
Não é facil decifrar o silêncio quando não temos consciência que temos consciência...
Um beijo
Um texto forte e sentido. As tuas palavras caíram dentro de mim, com uma tal intensidade, que "vi" toda a cena. Ou (re)vivi-a!
Há momentos da nossa vida, que passam por nós, como se fossem filmes. Como se não fossemos nós, os "autores" da cena. Ou da história.
Mas há sempre um motivo para vivermos. Para que o adeus, não seja definitivo.
Porque outros mundos se abrem para nós, qual janela aberta à vida. E, acredita, a minha vida, tem sido uma constante de fechar portas e abrir janelas.
Mas, sempre encontro um incentivo para viver. E para sorrir.
Mais não seja, pelos meus filhos, pelos meus animais e… pelo meu Blog… são páginas da minha vida… que perdurarão.
Porque ali, me conheço e reconheço…
Um abraço terno.
(Tomei a ousadia de linkar-te. Assim não perderei o caminho para cá… Bj)
Voltaste com um texto muito dramático. Uma descrição que cria o ambiente até ao triste final. Muito bem escrito Sara mas esse é um momento terrível na vida de quem quer que seja! Beijinhos
Olá Sara! Esse adeus é a decisão ao mesmo tempo mais difícil e mais fácil de tomar na vida. O fácil é porque é uma fuga. O teu texto está realista, sentido, belo. Beijos
Kraak/Peixinho,
obrigada pelo comentário,
volta sempre! ;)
Luísa,
e tudo na vida é passageiro... não é?! ;)
Menina_marota,
quando se faz o que se gosta tudo se torna bem mais fácil ;)
Agradeço o facto de ter sido linkada =))
lique,
são sempre tão carinhosas as tuas visitas... :)**
agua_quente,
há decisões que, aos olhos de outrem, podem parecer ou actos de coragem ou actos de cobardia..
o suicídio é, de facto, um desses casos...
;)*
Sentimentos traduzidos em palavras. Sensibilidades à flor da pele. É sempre um prazer vaguear por estas páginas
Quase assistimos a esse final!
Espantoso este texto*
Charlotte
Um retrato do desespero mais radical pintado de uma forma despojada e (estranhamente) sóbria.
Um beijinho de boa semana :-)
Obrigado pela visita na Manjedoura.
Li algumas frases soltas no teu blog e lembrei-me de The Doors.
Adeus é tanto para quem o diz e tão pouco para quem o recebe... Beijo grande, Sara.
Alexandre Sousa :)
stillforty,
mas na vida não existe só o belo...
;)
Charlotte,
obrigada! =))
Dora,
beijito ;)
Bulbucus Íbis,
the doors, ai é?! 'tá bem... lol ;P
Carla,
ora nem mais...
;)*
Poderás pensar tu [...] só cá faltava este....!!!!!!!
Confesso que o texto tocou-me as entranhas!
Intenso!
Agradeço sua visita!
Beijinhosssssssss
Viva amiga teatro,
Que o sono eterno chegue a nós o mais tarde possivel.Há tanta coisa ainda para fazer...E quem sabe,gente boa ainda para conhecer.
O primeiro pensamento que tive foi... porquê?
O texto está 5*
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
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lindo...o texto e a foto...
lindo...o texto e a foto...
lindos...foto e texto...um beijo
uma fatalidade quando o adeus é assim...triste e só...ao contrario da tua escrita que está cheia de vida...beijos !
Adeus é sempre uma palavra muito difícil de ouvir.. e de falar também.
um beijo,
Obrigada a toooooooooooodos!!
=))
***
Muito bonito!
Mesmo que profundamente triste!
Parabéns! Gostei muito do teu blog!
Lindo, embora triste!
Gostei deste teu escrito, realmente!
Bjinhos!
Obrigado pela tua visita ao meu bloguinho.
Quando lá escreveste que não tiveste 25 de Abril de 1974 foi porque nasceste depois dessa data, não foi?
Ou há outra mensagem mais subtil escondida nessas palavras?
Jinhos
Bom dia.
Após suas dicas, tentarei enviar algo para fazer um teste, isto para ver se realmente entendi como faze-lo. Um abraço
Achei profundo, triste e muito me emocionou, fico aqui pensando, onde busca inspiração para tanto... Estou encantado com seu espaço. Um abraço.
Ao contrário do papel que dizia "adeus" eu venho dizer-te "olá"! E como desta vez o post já vem escrito na terceira pessoa já não fico em pulgas e em cuidados ;)
uma adeus seco. como o desabar do Mundo. gostei desta escrita límpida. beijo
Margarida Atheling e Carmem L Vilanova,
Obrigada...
Voltem sempre!! ;))
António,
foi mesmo porque nasci após (um após mto longo LOL ) a data, pois... :)
kbral,
vês?! já sabes comentar... afinal não é assim tão difícil...
=)
Bastet,
a 3º pessoa faz milagres... lol
;P***
gato_escaldado =)
8)*
Belo texto adorei. Beijo
Dormir...
e depois?
Sonhar?
Quem sabe...
Obrigada pela visita
E depois do adeus há sempre um amanhã luminoso, Sara :-).
Beijocas
Adryka, =))
noliv,
volta sempre ;)
bird,
eu acredito que sim,
acredito... :)*
Às vezes não parece haver outra saída...Para as palavras, que entram por nós e temos que passá-las com urgência para um texto, uni-las e contar uma história.
As palavras escolhem-nos ou escolhemo-nos nós a elas? Não sei como foi, mas a verdade é que este texto está belíssimo, encara o suícidio como uma porta suave, mas ao mesmo tempo desesperada, para uma outra existência.
Obrigada pela visita ao meu cantinho e parabéns pelo teu: gostei muito da tua maneira de escrever e da tua estética.
Cristina,
obrigada =)
Volta sempre...!! ;)
mónica,
jinhos**
Bonito.
simplesmente lindo!
às vezes nem a mim me apetece levantar do xão, com tanta tristeza que sinto! mas lá tem que ser...
Não conhecia o teu blog, mas agora que o descobri e gostei vou pedir para te lnkar, ok?
Bjs*
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